Existe uma estória que foi construída em torno da dor da
diferença: a criança que se sente não bem igual às outras,
por alguma marca no seu corpo, na maneira de ser...
Esta, eu bem sei, é a estória para ser contada também para
os pais.Eles também sentem a dor dentro dos olhos. Alguns
dos diálogos foram tirados da vida real.
Ela lida com algo que dói muito: não é a diferença, em si
mesma, mas o ar de espanto que a criança percebe nos
Olhos dos outros(...)
O medo dos olhos dos outros é sentimento universal.
Todos gostaríamos de olhos mansos...
A diferença não é resolvida de forma triunfante, como na
estória do Patinho Feio.
O que muda não é adiferença.
São os olhos...
Rubem Alves . (1987)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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