SEJAM MUITO BEM VINDOS!

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domingo, 6 de dezembro de 2009

GRUPO B

Deficiência Visual

Deficiente Visual é toda pessoa que possui
comprometimento total ou parcial da capacidade
visual, não podendo ser corrigida com uso de
lentes, tratamento clínico ou cirúrgico. Nesta
categoria estão incluídas as pessoas cegas ou
portadoras de baixa visão (visão subnormal). A cegueira, é uma alteração grave ou total das funções visuais. Ela pode ocorrer desde o nascimento (cegueira congênita), ou surgir posteriormente devido a causas orgânicas ou acidentais (cegueira adventícia ou adquirida).A baixa visão é observada quando há um comprometimento das funções visuais, cada caso com sua intensidade. Na avaliação funcional da visão, são analisados tanto a acuidade quanto o campo visual.
Acuidade Visual: capacidade de distinguir objetos a uma determinada distância.
Campo Visual: grau que o olho pode abranger em cada direção. A pessoa acometida pela deficiência visual possui os sentidos do tato e da audição mais aguçados, pois os utilizam em substituição da visão. O Tato é responsável pela coleta de informações sobre aquilo que está à sua volta, já, a audição, ajuda na orientação e na mobilidade. Os sentidos do olfato e do paladar também são mais apurados, mas em menor medida aos citados anteriormente.








Isso não quer dizer que esses sentidos são mais desenvolvidos nas pessoas portadoras de deficiência visual, mas sim que as mesmas aprendem a utilizá-los melhor devido a ausência ou a baixa visão.
Desenvolvimento de crianças com deficiência Visual

Um bebê, para orientar-se no espaço, conhecer e explorar o ambiente ao seu redor utiliza todos os sentidos, sendo que um dos principais é a visão. Aquela criança que não consegue enxergar precisa aprender a fazer tudo isso utilizando todos os outros sentidos, suprindo a visão através de um ou alguns deles.Para a criança portadora de deficiência visual, as informações chegam através da linguagem e da exploração tátil, diferentemente daquelas que enxergam, pois elas não têm sua atenção voltada para a cor, forma ou tamanho de um objeto, por exemplo. Devido a isso, os estímulos a essas crianças também não devem ser os mesmos das videntes, pois elas devem ser estimuladas a ouvir e a usar o toque para perceber e conhecer o mundo à sua volta.
[...] crianças não-videntes podem ter um atraso entre 4 meses a 2 anos na aquisição do conceito de objeto. Isso se deve à falta de interação perceptiva com o ambiente a à pobreza de integração de experiências , função cumprida pela visão, que essas crianças não possuem. Assim, as crianças não-videntes precisam de um contato mais freqüente com os objetos, pois do contrário cometem erros conceituais, cuja repercussão afeta a capacidade intelectual, a linguagem e a imagem corporal, dentre outros.(GONZÁLEZ, 2009, p.105)
Por volta dos 5 meses, o bebê começa a exercitar seus esquemas sensório-motores, levando sua atenção aos objetos que estão à sua volta.








Podemos dizer que fica muito mais difícil para a criança cega ou que possui baixa visão, elaborar um universo de objeto permanente, pois essa elaboração terá que ser feita através do tato e, por conseqüência disso, apenas com aqueles objetos que estão ao seu alcance.
Por esse mesmo motivo, o desenvolvimento da linguagem acaba sofrendo um certo atraso, pois enquanto a criança que enxerga aprende o nome daquilo que está junto ou longe dela, a não vidente aprenderá o nome somente do que consegue alcançar ou perceber através dos outros sentidos.
A compreensão do significado de advérbios como longe/perto, na frente/atrás, em cima/embaixo, também é mais lenta para essas crianças, tendendo a ser amenizada aproximadamente pelos 10, 12 anos de idade.[...] a deficiência visual não é a causa de atrasos, mas sim os problemas que possam estar associados a ela. (GONZÁLEZ, 2009, p.105)
Com relação ao desenvolvimento motor nas crianças não-videntes, também percebe-se um atraso, pois elas não têm a mesma motivação de locomover-se até certo local como aquela que consegue enxergar e é atraída por algo que está vendo. A falta de conhecimento do espaço que a rodeia também é um dos fatores para que esse atraso aconteça.

O Deficiente Visual na Escola

Quando a criança entra para a escola, ela passa a ter contato com um mundo novo rodeado de símbolos, gravuras, gráficos e números. Para que o aluno deficiente visual também consiga aprender, mesmo sem conseguir enxergar todos esses elementos, é necessário que as atividades propostas sejam adaptadas às suas necessidades e que sejam disponibilizados pela escola, recursos que o capacitem a aprender tanto quanto seus colegas videntes.







Para os alunos cegos, é necessário que a escola disponibilize: reglete amarela, reglete de iniciação ao braille, lousa de pré escrita, reglete com prancha, punção, máquina de escrever braille, caixa de aritmética, cubaritmo, ábaco, cubaco, marcador em braille, Dymo, calculadoras, moldes de desenho positivo, lâminas em relevo e livros didáticos adaptados.
Para auxiliar as crianças que possuem baixa visão existem recursos como lupas, telescópio, softwares com magnificadores de tela e programas com síntese de voz, dentre outros.
Não fazer nada ou realizar atividades isoladas, tediosas ou frustrantes, pode levar qualquer aluno a não gostar do ambiente, ao rompimento e à rejeição inicial por parte dos colegas e dos professores.(Stainback, 1999, p. 235)
É muito importante que o professor nunca isole o aluno portador de necessidades educativas especiais das atividades propostas em sala de aula, pois assim ele se sentirá excluído do grupo. Ao invés de aplicar uma atividade diferente a esse aluno, o educador deverá elaborar estratégias de adaptação dos objetivos específicos, da atividade e do material de uma forma que possibilite a participação de todos. Antes de ingressar na escola, é necessário que o aluno deficiente visual tenha acesso à instituição para conhecer a localização dos diferentes espaços escolares (porta de entrada, pátio, sala de aula, escada, banheiro...), acompanhado de um especialista, até que tome conhecimento do local.
Dentro da sala de aula, é muito importante que o mobiliário sofra o mínimo de alterações possíveis quanto a sua localização, pois o aluno deficiente visual orienta sua locomoção em função da localização dos mesmos.
É importante que este aluno sente-se próximo ao professor, pois assim ele poderá ter melhor acesso aquilo que o professor está dizendo.







Além disso, quando o educador for realizar uma explicação, sempre que for possível, é importante que ele disponibilize ao deficiente visual a manipulação de objetos e materiais que estão relacionados ao que está sendo ensinado.Em qualquer explicação onde a lousa é utilizada, o professor deverá descrever oralmente aquilo que está sendo exposto.
Em relação aos exercícios matemáticos, disponibilizando o material necessário, este aluno não terá dificuldades, como por exemplo: utilização da máquina para realização de operações contendo raiz quadrada e equações e da caixa de números para fazer multiplicações e divisões.

REFERÊNCIA
COLL, César, PALACIOS, Jesus e MARCHESI, Alvaro, Desenvolvimento Psicológico e Educação. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
GONZÁLEZ, Eugenio, Necessidades Educacionais Específicas, 1. Ed, Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTÍN, Manuel Bueno; BUENO, Salvador Toro. Deficiência Visual. Aspectos Psicoevolutivos e Educativos: São Paulo, Livraria Editora Santos, 2003.
STAINBACK, Susan; STAINBACK, William, Inclusão Um Guia para Educadores: Porto Alegre, Artmed, 1999.

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